..:: Abade R. Fatia ::..

e tantas vezes aqui deitado a olhar para o tecto, à espera. Sempre à espera... oiço passados, faço planos envenenado em pensamento, vejo luzes, como árvores, penso em ti, sinto-me alguém na minha cama. A mente é um lugar aleatório

terça-feira, maio 29, 2007

A Última Estrofe

Por aqui tenho fluído
na falta desse sorriso
trejeito dividido
que disparas sem aviso.

Por aqui tenho fluído
Óscar solto, viajante
cárcere evadido do sorriso
teu, severo e errante.

Por aqui tenho fluído
porco narso visceral
testemunho excluído
do teu beijo judicial.

Por aqui tenho fluído
vendendo agoiros a quem
passa vermelho entardecido
em teus lábios que se põem.

Por aqui tenho fluído,
hóspede falso da capital
turista só e furtivo
de um sorriso teu oriental.

Por aqui tenho fluído
presa da febre que devaneia
sou um frágil pavio acendido
e tu fogo fátuo que o ateia.

Ensaios sobre a última estrofe.
Baseados num poema do Hugo Daniel

1 Comments:

  • At 9:58 da manhã, Blogger Unknown said…

    O fogo fátuo é a combustão expontânea de metano em sitios como os pântanos e cemitérios. Era só para assassinar o romantismo da coisa:P
    Podia ser pior. Podia associar ao facto dos peidos também serem feitos de metano:P
    Entretanto: CLAP! CLAP! CLAP! Muito bom!

     

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