A Última Estrofe
Por aqui tenho fluído
na falta desse sorriso
trejeito dividido
que disparas sem aviso.
Por aqui tenho fluído
Óscar solto, viajante
cárcere evadido do sorriso
teu, severo e errante.
Por aqui tenho fluído
porco narso visceral
testemunho excluído
do teu beijo judicial.
Por aqui tenho fluído
vendendo agoiros a quem
passa vermelho entardecido
em teus lábios que se põem.
Por aqui tenho fluído,
hóspede falso da capital
turista só e furtivo
de um sorriso teu oriental.
Por aqui tenho fluído
presa da febre que devaneia
sou um frágil pavio acendido
e tu fogo fátuo que o ateia.
Ensaios sobre a última estrofe.
Baseados num poema do Hugo Daniel
1 Comments:
At 9:58 da manhã,
Unknown said…
O fogo fátuo é a combustão expontânea de metano em sitios como os pântanos e cemitérios. Era só para assassinar o romantismo da coisa:P
Podia ser pior. Podia associar ao facto dos peidos também serem feitos de metano:P
Entretanto: CLAP! CLAP! CLAP! Muito bom!
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