..:: Abade R. Fatia ::..

e tantas vezes aqui deitado a olhar para o tecto, à espera. Sempre à espera... oiço passados, faço planos envenenado em pensamento, vejo luzes, como árvores, penso em ti, sinto-me alguém na minha cama. A mente é um lugar aleatório

terça-feira, abril 03, 2007

Rascunhos de Pensamento

(transcrição pura da sequência de pensamentos enquanto surgem cadenciadamente,sem censura artística)

Modo de construir um poema.

Há uma bela forma de escrever um poema. Hmmmm... ainda há pouco pensei nisto e já me esqueci. Hmmm... tempo... tempo. Ok, bom. Ahhhhhhh... isto de escrever e pensar ao mesmo tempo, ocupa espaço, ou melhor, diverge o tempo de processamento, aliás de raciocínio; canaliza-o para a escrita e não deixa pensar no que queria realmente pensar. Ok, mas em relação ao poema, à construção do poema, existe uma maneira muy bela de lo hacer:

É pegar numa emoção, uma fotografia ou um sentimento, ou acontecimento... algo que dê o impulso inicial. Depois é esperar que punch lines surjam e tenham a ver com o tema da emoção/sentimento/fotografia/etc escolhida. Este processo pode demorar uns minutos ou dias, conforme. É à escolha. A minha opinião é de que quanto mais tempo dermos e quanto mais espaçado ao longo do tempo, mais hipótese temos de surgir com três ou quatro frases dignas.

Bem... Findo este processo de angariação de fundos, está na hora de ligar tudo. “O arranjinho” como se costuma dizer, ou como eu costumo dizer sempre que falo nisto. E o arranjinho não é mais que alguns elos de ligação que façam com que haja intrusamento – é intrusamento ou introsamento? (ida ao dicionário) É entrosamento.- Bom, e este entrosamento imagino-o tipo leite, ou cimento que vai unir aqueles três ou quatro tijolos que encontrámos na primeira fase do processo.

É isto... há pouco parecia-me mais brilhante do que agora, pois imaginei mesmo os tijolos irem-se juntando lá em cima ao poema, tipo pá pá pá!. Parecia um tetris invertido. Amontoar peças e fazer linhas.