Testemunho solar
O motor falhou em pleno espaço infinito.
Desta vez não há fuga.
Comandantes do destino à deriva,
Vêmo-lo precipitar-se para um abismo cuneiforme
Como areia de ampulheta que se esgueira desigual
E sedimenta o tempo lá em baixo, num monte de calcite.
Areia em queda livre.
Em pleno espaço infinito não há o que a faça cair.
A menos que nós comandantes, donos de um corpo com massa,
Senhores das equações,
Lhe concedamos a fantasia de nos obedecer.
Dedicado a José Cid e à sua "Fuga Para o Espaço".
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