Orla
O desmaio é fulminante,
Desmantelo-me na areia.
A cabeça a andar à roda e a Terra
Gira com ela no mesmo sentido.
Resto imóvel debaixo das estrelas
O meu corpo inanimado regateia com o céu
Sonhos e valsas antigas
As pequenas arestas de ar atrevem-se pela traqueia
Porque o corpo é pesado e parece estar mal deitado.
Eu ando à roda...
...
....
.....
Neste lodo silenciso germinam larvas vorazes
Que remam em sentidos opostos,
Roem pensamentos e gritam desorganizadas
Em todas as direcções e caminhos que encontram
Assim nasce o veneno:
Começa verde, e seduz
.
.
.
Lua
Vem
Repouso.
Jejum, rebanho, marfim
Divindade, letreiro, sermão
Antigo, mantive, rumor
Amanheces, não, lembrar
Vandalizo-me, estejas, nunca
Vento, sabre, não não
Não será aqui.
A rocha anil é feroz
Fende o regato de vermes e parte
Em mim todo o planeta pára e muda o sentido de rotação
Giro eu agora para aqui
Ele para acolá
E remonto-me
.
.
.
Lezzzte
Vohirn
Nymmbe.
Andur, kahl, guiss
Juzl, danun, manbin
Hn. Hn.
Vamm-te zuzzum veb-abb, bi-buh
Rirro linem jiuh-v-ah-y.
Passei os dias nisto.
Neste modelo de Universo.
Abade R. Fatia (in: extrémis)
1 Comments:
At 2:46 da tarde,
Anónimo said…
queria jantar contigo no meio de estrelas giras. comer qualquer coisa que a nossa pequena de olhos quase fechados tivesse para nós e gritar palavras bonitas, mas estranhas aos nossos ouvidos.
no fim juntavamos tudo e construiamos coisas.
o universo é algo estranho.
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