..:: Abade R. Fatia ::..

e tantas vezes aqui deitado a olhar para o tecto, à espera. Sempre à espera... oiço passados, faço planos envenenado em pensamento, vejo luzes, como árvores, penso em ti, sinto-me alguém na minha cama. A mente é um lugar aleatório

sexta-feira, dezembro 03, 2004

C'est Le Grand Finale!

This is the end...
My only friend: THE END!


Caem mortos os que morreram, com a vida cumprida.
Nada ganharam.
Nada perderam.
Assim quiseram, assim cresceram.
Foram os quartos desarrumados que hoje velamos.
Foram crise, fogo, droga. Foram crença, prazer e sangue.
Por aqui passaram. Aí dormiram.
Foram os donos de tudo por empréstimo
E sorriram e comeram e conquistaram
Sem se importarem, nunca, com o fim!
O que há?
Ecos.

Mataram-te?
Eis um Universo vadio!
Todos os reis que conheci morreram.
Acaba com eles. Não deixes que te comam.
Rasga-os aos pedaços e larga-os na brisa
Ergue-lhes a campa, deita-lhes o fogo
E ouve-lhes os lamentos para sempre.

Morreram de dor, morreram de fome
Morreram de tosse e por dinheiro
Morreram doentes, morreram novos
Morreram em guerra
Mataram-se na dúvida
Mataram-se na dúvida
Mataram-se na dúvida

Crivaram os ecos que agora ouves
Rádios partidos com as pilhas gastas
Pedidos de ajuda em sufoco
As cartas de amor amachucadas
Com aquele destinatário implícito.
As ruínas.

O que foi que fizeste?
Leste-lhes o correio.
Nem todas as verdades são suportáveis
Para quem nunca morreu.
O carteiro chegou a tempo
De uma morte solitária
A noticia dada entre linhas,
Ao calor do sol.

Desfigura-se a face, e o sorriso.
Que foram eternos.

This is the end...
My only friend: THE END!


Terias ido a tempo?
O fim foram eles
Só mais um início.
Engano temporal
De um relógio estragado
De todos os relógios do mundo.

3 Comments:

  • At 5:44 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Verdade, verdade - foi que não
    li.
    Nem isto, nem aquilo,
    Não por dores, nem por amores,
    Nâo por pressas, ou compressas.
    Falas de mortes
    e vidas como se se apagassem
    Em lumes e chamas breves.
    Aliás.. Foi isso que me ensinaste.
    Foi para isso que me
    alistei
    na *tua* guerra.
    Pára de alistar ecos
    e dores morrentes e em putrefacção renovada
    e visita-me
    ostentando brilhante
    uma melancia vitoriosa. Na certeza
    Que no riso admirável de quem
    vence
    podemos ser tão lindos
    como o dia em que nasceu o sol.
    Não ocorre nada que faça sentido. Da sempre tua - LêKi

     
  • At 12:38 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    modo de matar (I)

    .

    .

    assegure-se de que tem a faca certa

    na mão que for mais talentosa

    encontre um corpo suficientemente vivo para ser morto

    .

    dê preferência a inimigos

    .

    esconda a faca enquanto puder ser visto por testemunhas

    não vá acontecer que se queime

    .

    certifique-se de que o corpo que encontrou está sozinho

    e analise-lhe as medidas, de alto abaixo, duas vezes

    sorria, para que não pense ele que o vai matar

    afinal de contas matar tem que ser confeccionado com a surpresa

    de quem não encontrou outras formas para passar o tempo

    .

    atente de que qualquer tipo de vingança pessoal, ou serviço remunerado

    irá contra todas as tradições desta receita

    .

    estabeleça contacto visual com a zona do coração a trucidar

    aja com impetuosidade, dobre a vítima

    puxando a cabeça do corpo a abater para diante

    e desfira várias facadas, nunca mais de seis,

    essa é uma outra receita, só para psicopatas.

    .

    de seguida, largue o corpo e ponha-se em fuga,

    mas com calma, não faça absolutamente nada fora do normal

    .

    apanhe um taxi e dirija-se para o outro lado da cidade

    .

    tenha consciência do estado em que ficou a sua roupa,

    caso tenha ficado com sangue, deve antes de entrar no taxi

    despir as roupas sujas dispondo-as num saco plástico não transparente

    .

    quando descer do táxi aguarde cinco minutos

    .

    de seguida apanhe um outro táxi para casa

    .

    já em casa telefone à polícia e conte tudo o que aconteceu,

    entregue a faca

    e sorria

    .

    .

    nuno travanca

    .

    .

     
  • At 2:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    bonito azz_u*

     

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